domingo, 6 de fevereiro de 2011

Decadência da Humanidade: Educação ambiental não é um modismo!


Aninha caminha sem ter muita certeza de onde está. De uma hora para outra ela se viu num cenário de aterrorizar, Destruição, plantas e animais mortos, mau-cheiro e um calor muito forte. Andou mais algum tempo e pouco depois avistou uma senhora, maltrapilha e com um semblante abatido pelo aparente peso da idade. Então Aninha parou e lhe perguntou:

- Minha senhora, onde estou? Que lugar é esse?

A senhora olhou para ela, com um certo ar de surpresa, e respondeu:
- Ora minha filha, você está no lugar onde você sempre esteve, o planeta Terra! Esse aqui é o bairro onde você nasceu e cresceu.

Aninha perplexa retruca:
- Não pode ser! Meu bairro é um lugar lindo, muitas árvores, pássaros cantando, muita gente passeando e tem uma praça com um chafariz.

Então a  senhora continua:
- Ah minha filha, isso foi há muito tempo! Infelizmente as pessoas não cuidaram da Natureza, só a maltrataram! Poluíram o ar, os mares e os rios, desperdiçaram a água potável, derrubaram as árvores para construir edifícios, destruindo assim o habitat natural de várias espécies de animais. O que sobrou foi esta terra arrasada que você está vendo. O solo empobrecido, onde não se planta mais nada., este ar difícil de respirar por causa da fumaça, racionamento de água porque hoje em dia existem pouquíssimas fontes não poluídas e por isso não dá para todos, este calor insuportável. Não foi por falta de aviso, mas ninguém deu atenção. O planeta que antes era nossa casa agora é nossa sepultura.

Aninha então pergunta à velha senhora:
- Com todas estas dificuldades, como a senhora conseguiu viver tanto tempo?

- Quantos anos você acha que eu tenho?  -  pergunta a senhora.

- Eu diria que a senhora tem mais de 60 anos.  -  responde a menina.

Então, a senhora responde:
- Não, linda criança. Eu tenho 45 anos. Minha aparência é devida justamente a esta vida de privações. A falta de água e a exposíção diária a este sol escaldante fazem com que eu tenha esta aparência envelhecida. Devido às péssimas condições sanitárias meu esposo morreu de infecção e minha saúde é debilitada, pois frequentemente me encontro doente.

Aninha sentiu uma profunda tristeza com a situação daquela senhora e mais uma vez deu uma olhada ao seu redor. Em seguida olhou para o céu onde o sol brilhava com tanta intensidade que o clarão ofuscou sua vista e Aninha não enxergava mais nada. 

Quando voltou a enxergar Aninha estava em seu quarto. Tudo não passara de um sonho. Como já era hora de ir para a escola executou sua rotina diária. A caminho da escola a menina parou para comprar um sorvete e, chegando ao colégio, encontrou suas amiguinhas. Tratou de contar a elas o sonho assustador que teve e , ao terminar, ela e as amiguinhas se dirigiram ao portão do colégio. Como Aninha já havia terminado o sorvete, jogou fora a embalagem.

Porém, ao contrário da ilustração no início do texto, Aninha jogou o papel no chão, mesmo tendo uma lata de lixo a poucos metros de onde ela se encontrava.


0 comentários:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
Apenas um blog com textos de um cara que se acha cronista e pensa que, no meio de seus devaneios, escreve alguma coisa que preste...hehe

...

Espaço destinado a publicar crônicas sobre fatos cotidianos mas, claro, com uma pitada de humor ácido. Nada de resenhas convencionais porque crítica maneira é aquela cujo veneno escorre pelo canto da boca.

Seguidores

Perfil do autor no Facebook

Visitas