sábado, 21 de maio de 2011

Inversão de valores


Às vezes fico surpreso com minhas reações diante de determinadas situações. O ser humano é capaz de coisas que, em condições normais de temperatura e pressão, consideramos absurdas mas que em momentos tensos achamos absolutamente normais.

Por exemplo, estava eu a aguardar o ônibus para ir trabalhar como de costume e eis que, quando depois de muito esperar, embaixo de chuva inclusive, o ônibus surge e NÃO PÁRA! Me veio logo o pensamento "tomara que esse motorista infeliz bata de frente em um caminhão!". Agora me digam, que culpa têm aquelas pessoas dentro do ônibus ou do motorista de um eventual veículo que viesse a se chocar com o ônibus, se o motorista é babaca? Me acalmei e esperei outra condução.

Aqui no meu bairro é muito comum também os jovens adolescentes (bêbados) ficarem de gracinha com suas motos e carros na rua até altas horas da madrugada. Já mentalizei tantas vezes aqueles carros capotando (vááááááááárias vezes) e seus integrantes sendo arremessados para longe, ou então os motoqueiros voando, dando um duplo mortal carpado para frente, no melhor estilo Daiane dos Santos, ao se estabacarem das motos. Depois pensei bem, isso só ia atrair multidão e atrapalhar o trânsito (veneno escorrendo pelo canto da boca...rs), melhor deixar pra lá.

Outro dia foi no ônibus indo para o trabalho. Estava eu traquilamente lendo uma revista quando me entra um "funkeiro de busão" que gosta de ouvir aquelas músicas horrorosas sem usar fones de ouvido. Até aí tudo bem, já me acostumei com esse povinho. O problema é que um senhor, que eu acho que se sentiu incomodado, resolveu colocar um "sertanojo" bem alto só para confrontar o funkeiro. Quando eu pensei que não podia piorar quebrei a cara mais uma vez, pois a senhora sentada do meu lado (tinha que ser, né?) resolver colocar uma daquelas músicas de louvor na maior altura também.

Aí pronto! Subiu a fumacinha na cabeça e me veio logo o pensamento; "nessas horas não entra um assaltante aqui e leva esses celulares todos!". Olha a idéia de jegue! Eu iria acabar sem o meu aparelho também. PUTZS!

Pois é, está complicado viver hoje em dia sem uma boa dose de paciência e jogo de cintura, senão acabamos perdendo a noção das coisas que realmente são importantes, como na tirinha da Mafalda (adooooooro!) que coloquei para encerrar este post.


Um forte abraço a todos que visitarem.  :D

1 comentários:

Ana Pe disse...

Há pouquíssimo tempo tive uma reação totalmente insana. Faltou quase nada para que eu saísse no tapa com uma garota por conta dela ter furado a minha frente na fila do ônibus... até hoje eu tô passada com isso!

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Apenas um blog com textos de um cara que se acha cronista e pensa que, no meio de seus devaneios, escreve alguma coisa que preste...hehe

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Espaço destinado a publicar crônicas sobre fatos cotidianos mas, claro, com uma pitada de humor ácido. Nada de resenhas convencionais porque crítica maneira é aquela cujo veneno escorre pelo canto da boca.

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