sexta-feira, 20 de julho de 2012

Collor X Collor


Estou devendo esta crítica desde o início da semana mas só agora tive tempo para escrevê-la. Afinal, o que foi essa entrevista da ex-primeira-dama Rosane Collor, ao Fantástico?

Tanto alarde durante a semana e para quê? Na minha opinião ela não fez nenhuma revelação bombástica, como a Globo chegou a sugerir que ela faria. Dizer que Paulo Cesar Farias tinha grande poder no governo e alguns detalhes de bastidores não fizeram com que a entrevista dela pudesse ser considerada reveladora, muito pelo contrário, achei apenas que foi uma jogada de marketing para a divulgação do livro que ela pretende lançar. Também não seria surpresa se essa entrevista fizesse parte de uma elaborada estratégia para colocar o sobrenome Collor em evidência (lembrem-se que estamos em ano eleitoral).

Então agora, depois de se lambuzar no melado do poder e de chafurdar na lama da corrupção junto com o ex-marido, Rosane Collor (que não sei porque ainda usa o sobrenome do marido, já que ela diz que ele é uma pessoa tão ruim) aparecer querendo fazer pose de cidadã íntegra, dizendo que "encontrou Jesus". Falando nisso, que palhaçada é essa de "Jesuscidência"? Isso para mim é uma heresia!

A história de que eram realizadas sessões de magia negra na Casa da Dinda (residência oficial do casal) não me deixou chocado, me deu sim foi um ataque de riso. Como pessoas com boa situação financeira e que ativeram acesso à boa educação e informação se metem com coisas grotescas como essa? Uma negócio ridículo, praticado por pessoas ridículas. Claro que dona Rosane tentou tirar o corpo fora mas ela bem que participava.

Porém, o ponto alto daquela farsa em forma de entrevista, foi dona Rosane declarar em rede nacional de que a pensão de, APENAS, 18 mil reais é pouco. Essa declaração foi uma afronta ao povo brasileiro cuja a grande parte da população não ganha nem um décimo disso por mês. Isso tudo além de morar mal, ter que aturar um péssimo transporte público, uma saúde pública sucateada e um sistema de educação pública precário. Serviços esses que o ex-presidente e ex-marido de dona Rosane Collor não fez nada para melhorar.

O Povo Brasileiro poderia ter ido dormir no domingo sem essa palhaçada!

  
terça-feira, 17 de julho de 2012

Relacionamento sério e namoro são 2 coisas diferentes!

Para o espanto, e muita curiosidade, de algumas pessoas, mudei meu status de "Solteiro" para "Em um relacionamento sério" no Facebook.

Pois é. Depois de tanto procurar, acabei me deparando com uma pessoa perfeitamente compatível comigo. Uma pessoa que não fica me cobrando atenção, que me incentiva, que gosta das mesmas coisas que eu gosto e que acerta exatamente nos presentes que eu quero ganhar. Uma pessoa que não fica implicando se gosto de tomar minha cervejinha com os amigos, que não fica regulando as guloseimas que gosto de comer, que não torra minha paciência quando eu chego tarde em casa e não fica me apurrinhando para acordar cedo.

A essa altura do campeonato já deve ter dado pra notar que pessoa é esta de quem estou falando...

DE MIM MESMO!!!
E de quem mais seria?....rs

Resolvi dar mais atenção à primeira pessoa que tem que se importar comigo. Cuidar mais da minha saúde, como por exemplo, minha capacidade física, que está deixando muito a desejar. Resolvi colocar em prática outros projetos profissionais que não saíam do papel e dar um gás nos estudos, como idiomas, minha certificação e uns concursos que tenho em vista. Já estava mais do que na hora.

Sou feliz do modo como vivo. Tenho minha família, tenho meus amigos e isso me basta. Se você não é feliz com a vida que leva, corra atrás do que você quer!

Namoro.... não descarto, pois o futuro a Deus pertence, mas por enquanto não faz parte da minha lista de prioridades. Se acontecer será bem vindo, mas se não rolar não tem problema, vou estar com a mente bastante ocupada também.

Então, é isso!
  
  
sexta-feira, 13 de julho de 2012

Usina de Belo Monte, uma história que se arrasta por décadas.



Depois de algumas semanas sem postar nada, eis-me aqui novamente.

Em tempos de Rio +20, que particularmente achei uma perda de tempo (mas isso vou comentar em outro post), vou tratar de um assunto que considero importante e que está tendo pouco destaque na imprensa, que  é a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Um projeto cujas discussões se arrastam desde a época do regime militar.

Abaixo uma pequena introdução da definição do projeto Belo Monte, segundo a Wikipédia:

"A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma central hidrelétrica que está sendo construída no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira.[1][2][3][4]
Sua potência instalada será de 11.233 MW; mas, por operar com reservatório muito reduzido, deverá produzir efetivamente cerca de 4.500 MW (39,5 TWh por ano) em média ao longo do ano, o que representa aproximadamente 10% do consumo nacional (388 TWh em 2009).[5] Em potência instalada, a usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14.000 MW); e será a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira.[6]
O lago da usina terá uma área de 516 km²[2] (1/10.000 da área da Amazônia Legal), ou seja 0,115 km² por MW efetivo. Seu custo está estimado em R$ 26 bilhões pela concessionária,[7] ou seja R$ 4,3 milhões por MW efetivo. O leilão para construção e operação da usina foi realizado em abril de 2010 e vencido pelo Consórcio Norte Energia com lance de R$ 77,00 por MWh. O contrato de concessão foi assinado em 26 de agosto do mesmo ano e o de obras civis em 18 de fevereiro de 2011.[1] A usina está prevista para entrar em funcionamento em 2015.[8]
Desde seu início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais e de algumas comunidades indígenas locais.[9] Essa pressão levou a sucessivas reduções do escopo do projeto, que originalmente previa outras barragens rio acima e uma área alagada total muito maior. Em 2008, o CNPE decidiu que Belo Monte será a única usina hidrelétrica do Rio Xingu."

De um lado, o governo brasileiro (à frente de poderosos interesses), argumentando que o país precisa de energia para atender a demanda, alavancar o desenvolvimento e dizendo que as perdas ambientais são calculadas e estarão sob controle. Do outro lado, indígenas, populações ribeirnhas, ambientalistas e outros críticos ao projeto, argumentando que a construção de Belo Monte é desnecessária, excessivamente dispendiosa devido ao seu baixo custo-benefício e que os impactos ambientais seriam catastróficos.

No quadro abaixo algumas irregularidades detectadas pelo Ministério Público Federal com relação ao projeto:


Algumas questões merecem ser discutidas:

  • Por que este projeto é tão importante a ponto deste embate durar décadas? Por que tem que ser Belo Monte? Com a bacia hidrográfica abundante que o Brasil tem, não poderiam ser construídas outras usinas de menor porte, em locais onde o impacto ambiental seria menor, ao invés se sacrificar uma área tão grande?
  • Quem realmente ganha com esse projeto?  Para mim está bem claro que o governo brasileiro está bancando uma espécie de "testa-de-ferro" de grandes interesses internacionais, como mineradoras, fornecedoras de equipamentos e empreiteiras, interessadas em explorar as grandes reservas minerais da Amazônia;
  • Esses estudos de impactos ambientais são realmente confiáveis ou são meros laudos técnicos comprados pelos interessados em Belo Monte? O que eles levam (ou não) em conta? São levados em consideração os erros ou os acertos de projetos similares já realizados? É óbvio que não!
  • O governo argumenta que Belo Monte é necessária para atender a demanda e impulsionar o desenvolvimento. Em primeiro lugar: a demanda cresceu tanto assim a ponto de precisarmos ter tanta energia? Afinal, o que o governo chama de desenvolvimento. A produção de produtos primários, de baixo valor agregado, para a exportação? Isso tudo apoiado no discurso do crescimento regional, estímulo ao mercado interno e geração de empregos? Esse discurso me parece bem eleitoreiro (esse é o mal de termos eleições a cada 2 anos).


Enfim, acho muito estranho que a grande mídia não informe a opinião pública do que está acontecendo nessa região, onde um confronto armado é cada vez mais iminente. Porém, como todos sabem, a imprensa informa aquilo que lhe convém, que vende ou dá audiência para garantir o faturamento dos anunciantes. Ao invés formadora de opinião e criar cidadãos conscientes, se contenta apenas em fazer entretenimento.

É muito bonitinho falar de preservação ambiental mas ninguém quer ficar sem suas bugingangas modernas, sem televisão, sem Internet, etc. Consciência ambiental não é apenas salvar árvores e bichos. Deve-se levar em consideração todo o ecossistema, incluindo as populações que habitam e tiram o seu sustento dele. As pessoas precisam entender o quanto nossa "vida moderna" custa para o planeta.

Como eu creio que esta conscientização não vai acontecer tão cedo, podem pegar aquele documento inútil criado na Rio +20, rasgar e jogar fora.

#PRONTOFALEI

    

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