domingo, 29 de maio de 2011

Crônica do mau humor 1 - O vendedor chato

Não tem nada que me deixe tão de mau humor do que encarar um vendedor chato em loja de shopping. Em algumas você simplesmente pára diante da vitrine e pronto, eles parecem que vão pular em cima da gente. Você dá um passo para frente, eles dão também, você dá um passo para trás, eles dão também, você espirra e eles dizem "saúde!".  Um nojo!

Vou citar aqui duas situações pelas quais passei e que me tiraram do sério, me deixando de mau humor o restante do dia.


1ª - A vendedora na loja de calçados:

Certa vez entrei em uma loja de calçados porque estava precisando de um sapato novo para usar no trabalho. Cheguei perto de alguns modelos que achei interessantes para ver o preço e, do nada, uma vendedora pula na minha frente:

- Vendedora: Deseja alguma coisa senhor?

- Eu: Estou dando uma olhadinha aqui nos preços antes de pedir para experimentar algum.

- Vendedora: OK senhor, fique à vontade.

Apesar de ela ter falado para eu ficar à vontade, ficou difícil, pois ela seguia cada passo que eu dava como uma legítima zagueira de futebol. Como era final de semana, o shopping estava cheio e a loja conseqüentemente também, eu já estava ficando estressado porque eu detesto tumulto e a vendedora me seguindo já estava me irritando. Nisso fui dar um passo para trás para olhar outro modelo de sapato e pisei no pé da infeliz, aí não teve jeito:

- Eu: Filhinha, olha só. PÁRA DE ME SEGUIR AONDE QUER QUE EU VÁ, COMO SE FOSSE UMA SOMBRA! QUANDO EU ESCOLHER, SE EU ESCOLHER, ALGUMA COISA EU TE CHAMO, TÁ? (falando em voz alta mesmo para a loja toda escutar)

- Vendedora: Ah, desculpe moço, pode deixar. (toda sem graça)

Não sei se exagerei na dose mas quando enfim escolhi um sapato para experimentar, não encontrei mais a dita cuja para me atender e olha que procurei pela loja toda. Azar, perdeu a comissão.


2ª - O(A) vendedor(a) na loja de departamentos:

Final de ano, época em que todas as lojas ficam super-lotadas de pessoas ensandecidas atrás de presentes. Eu já não gosto de tumulto, não tenho muita paciência para escolher presente, se o vendedor não colaborar aí não dá.

Estou na loja de departamentos, a qual não vou citar o nome, mas já está mal falada como a loja mais gay do shopping, quando percebo que um "ser saltitante" vem em minha direção. Então ele (ou ela, sei lá) pára do meu lado e pergunta com aquela voz anasalada:

- "Ser saltitante":  O senhor já escolheu alguma coooooooisa?

- Eu: Ainda não, estou dando uma olhada aqui nas roupas.

- "Ser saltitante": Ah tááááááá

- "Ser saltitante: O senhor já tem o cartão da lóóóóóója?

- Eu: Não tenho não

- "Ser saltitante: O senhooor não teria interesse em adquirir o cartão da lóóóóóója?  O cadastro é rapidinhôôôô.

- Eu: Não, obrigado. Prefiro usar meu cartão de crédito mesmo.

- "Ser saltitante": Mas o senhooor pode parcelar suas compras em até 6 vezes sem juros.

Eu já estava ficando irritado com a insistência da bibinha mas me limitei a responder.

- Eu: Obrigado, mas não tenho interesse não.

- "Ser saltitante": Mas senhooor, com o cartão da loja o senhor poderia também.....

Antes que ele terminasse a frase, tratei logo de dar-lhe o chamado "tôco".

- Eu: QUERIDO! EEEU NÃÃÃO QUEROOOO O CARTÃÃÃÃO DA LOJAAAAA! ENTENDEU OU QUER QUE EU DESENHEEEE???

A bibinha se desmanchou em purpurina e desapareceu da minha frente. Cara chato!

Enfim, quem me conhece sabe que meu temperamento é de uma pessoa tranquila, mas não me tira do sério não.
sábado, 21 de maio de 2011

Inversão de valores


Às vezes fico surpreso com minhas reações diante de determinadas situações. O ser humano é capaz de coisas que, em condições normais de temperatura e pressão, consideramos absurdas mas que em momentos tensos achamos absolutamente normais.

Por exemplo, estava eu a aguardar o ônibus para ir trabalhar como de costume e eis que, quando depois de muito esperar, embaixo de chuva inclusive, o ônibus surge e NÃO PÁRA! Me veio logo o pensamento "tomara que esse motorista infeliz bata de frente em um caminhão!". Agora me digam, que culpa têm aquelas pessoas dentro do ônibus ou do motorista de um eventual veículo que viesse a se chocar com o ônibus, se o motorista é babaca? Me acalmei e esperei outra condução.

Aqui no meu bairro é muito comum também os jovens adolescentes (bêbados) ficarem de gracinha com suas motos e carros na rua até altas horas da madrugada. Já mentalizei tantas vezes aqueles carros capotando (vááááááááárias vezes) e seus integrantes sendo arremessados para longe, ou então os motoqueiros voando, dando um duplo mortal carpado para frente, no melhor estilo Daiane dos Santos, ao se estabacarem das motos. Depois pensei bem, isso só ia atrair multidão e atrapalhar o trânsito (veneno escorrendo pelo canto da boca...rs), melhor deixar pra lá.

Outro dia foi no ônibus indo para o trabalho. Estava eu traquilamente lendo uma revista quando me entra um "funkeiro de busão" que gosta de ouvir aquelas músicas horrorosas sem usar fones de ouvido. Até aí tudo bem, já me acostumei com esse povinho. O problema é que um senhor, que eu acho que se sentiu incomodado, resolveu colocar um "sertanojo" bem alto só para confrontar o funkeiro. Quando eu pensei que não podia piorar quebrei a cara mais uma vez, pois a senhora sentada do meu lado (tinha que ser, né?) resolver colocar uma daquelas músicas de louvor na maior altura também.

Aí pronto! Subiu a fumacinha na cabeça e me veio logo o pensamento; "nessas horas não entra um assaltante aqui e leva esses celulares todos!". Olha a idéia de jegue! Eu iria acabar sem o meu aparelho também. PUTZS!

Pois é, está complicado viver hoje em dia sem uma boa dose de paciência e jogo de cintura, senão acabamos perdendo a noção das coisas que realmente são importantes, como na tirinha da Mafalda (adooooooro!) que coloquei para encerrar este post.


Um forte abraço a todos que visitarem.  :D
domingo, 15 de maio de 2011

O Mundo não é maternal


Recebi este texto de uma amiga através do e-mail e achei que ele tem tudo a ver. Seria melhor que eu o tivesse recebido antes do Dia das Mães, mas tá valendo.

O mundo não é maternal
Martha Medeiros


"É bom ter mãe quando se é criança, e também é bom quando se é adulto. Mas quando se é adolescente a gente pensa que viveria melhor sem ela. Mero erro de cálculo. 

Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco. 

O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua, não dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos. O mundo quer defender o seu, não o nosso. 

O mundo quer que a gente fique horas no telefone, torrando dinheiro. Quer que a gente case logo e compre um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que a gente ande na moda, que a gente troque de carro, que a gente tenha boa aparência e estoure o cartão de crédito. 

Mãe também quer que a gente tenha boa aparência, mas está mais preocupada com o nosso banho, com os nossos dentes e nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que a gente se drogue, que a gente fume, que a gente beba. 

O mundo nos olha superficialmente. Não consegue enxergar através. Não detecta nossa tristeza, nosso queixo que treme, nosso abatimento. O mundo quer que sejamos lindos, sarados e vitoriosos para enfeitar ele próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta. O mundo não tira nossa febre, não penteia nosso cabelo, não oferece um pedaço de bolo feito em casa. 

O mundo quer nosso voto, mas não quer atender nossas necessidades. O mundo, quando não concorda com a gente, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não para para nos ouvir. 

O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa e qual é o nosso grau de instrução, mas não sabe nada dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego. Para o mundo, quem menos corre, voa. Quem não se comunica se estrumbica. 

Quem com ferro fere, com ferro será ferido. O mundo não quer saber de indivíduos, e sim de slogans e estatísticas.

Mãe é de outro mundo. É emocionalmente incorreta: exclusivista, parcial, metida, brigona, insistente, dramática, chega a ser até corruptível se oferecermos em troca alguma atenção. Sofre no lugar da gente, se preocupa com detalhes e tenta adivinhar todas as nossas vontades, enquanto que o mundo propriamente dito exige eficiência máxima, seleciona os mais bem-dotados e cobra caro pelo seu tempo. 

Mãe é de graça!"

 Lembre-se disso!
 
terça-feira, 10 de maio de 2011

Judas - Lady Gaga. OK, o clipe é legal, mas sem exageros

Estreou finalmente o clipe da música "Judas" da Lady Gaga. Obviamente que já assisti. Apesar de legalzinho não vejo motivo para o estardalhaço que foi feito. Então, vamos a algumas considerações:

A idéia de mexer com os nervos da Igreja Católica usando personagens religiosos não é nova, a balzaquiana da Madonna já fez isso em 1989 em "Like a prayer". Judas pode ser ousado, mas original ele não é. O povo já tinha reclamado que o clipe anterior de Lady Gaga, "Born this way" era muito parecido com outro clipe, "Expresse yourself",  da veterana citada acima.

O pessoal já estava nos cascos por conta disso (risos).

Com relação a coreografia também tenho algumas restrições.

Que roupinha era aquela na primeira parte da coreografia? Meu Deus! Parecia uma Barbie vestida de odalisca!

Convenhamos, magrela daquele jeito não tem condição. Dona Gaga não tem corpão e ponto! Ainda bem que depois ela colocou uma roupa decente no restante da coregrafia. Jesus, ou melhor, Judas!

Ainda com relação à coreografia, a impressão que eu tive é que ela juntou pedaços de coregrafias de outros clipes e juntou tudo. Apesar de muitíssimo bem ensaiada, está demonstrada uma outra deficiência de Lady Gaga: ela não tem talento natural para a dança, como uma Britney, Shakira ou JLo. Muitos movimentos de braço, pescoço, tudo da cintura pra cima, já que ela não tem o "molejo" natural para a dança.

No conjunto da obra, porém, o clipe até que é bacana, pela história, pela fotografia, figurino, efeitos visuais e direção de arte, que estão muito bem feitos. A música também tem um ritmo bem legal pra se dançar. Os simbolismos como na ilustração ao lado  também ficaram bem bacanas. A parte em que ela alterna ardendo em fogo e perante as ondas do mar ficou legal também.

Em suma, "Judas" é um clipe bem no estilo de Lady Gaga mesmo. Vale a pena conferir. Eu confesso que já assisti mais de uma vez no Youtube, fora as dúzias de vezes que amigos meus publicaram no Facebook, só não acho que é a oitava maravilha do mundo como estão dizendo. Na verdade dona Lady Gaga anda pecando em originalidade e repetição de idéias nos seus clipes. É bom ela dar uma melhorada nisso, senão não adianta depois ficar fazendo cara de Madalena arrependida.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Osama Bin Laden morreu! E daí? Antes ele do que eu!

Mais um traste que foi pro sacooooooooo! Sei que ainda vou ter que escutar durante dias sobre a morte dele na mídia. Fazer o quê?

A morte do terrorista mais procurado do mundo encerra uma caçada que começou no fatídico 11 de setembro de 2009 quando um sujeito feioso, sub-nutrido e barbudo executou um ataque que atingiu o centro financeiro e feriu, gravemente, o orgulho dos cidadãos norte americanos. Ficou provado ali que apesar de todo o poderio militar dos EUA, os americanos podiam ser feridos mortalmente dentro de seu próprio território e pelas mãos de uma pessoa que estava praticamente do outro lado do mundo.

No meu entender, essa guerra entre Ocidente e terroristas não tem nem mocinho nem bandido. De um lado os EUA, sempre arrogantes, querendo expandir seu imperialismo econômico usando um discurso de "disseminar os ideais de liberdade e democracia" mas por trás disso, querem apenas estender seu domínio para garantir e controlar o preço do petróleo, que impulsiona sua economia. O terrorismo como o conhecemos hoje é fruto de anos de inimizades alimentadas pelos países de origem muçulmana contra os americanos, fazendo com que chegassem ao poder grupos radicais de extremismo religioso. Foi assim que Bin Laden ganhou projeção.

Claro que esse ódio não justifica ações covardes, que matam e ferem milhares de pessoas, como foi a atrocidade do 11 de setembro.  As pessoas que morreram ali não tinham nada a ver com essa história, eram cidadãos comuns ganhando a vida numa terça-feira ensolarada de setembro. Um erro não justifica outro. Quantas famílias ele não destruiu naquele dia?


Não fiquei nem feliz, nem triste com a morte de Bin Laden. Só fiquei surpreso, achei que os americanos nunca colocariam as mãos nele. Apesar de sua organização, a Al-Qaeda, ter ficado enfaquecida, terrorista é igual traficante de favela, você mata 1 e tem 10 na fila para tomar o lugar dele. Foi bom mesmo mesmo só para o Barack Obama que estava precisando dar um "up!" na sua popularidade, porque para mim tanto faz quanto tanto fez.

As autoridades agora têm que ficar de sobreaviso pela possibilidade de ataques terroristas em retaliação à morte de seu ex-líder. Osama Bin Laden, era frio, estrategista, apesar de usar estes talentos para o mal, era bem articulado. Não poderemos dizer o mesmo de quem vier a sucedê-lo no comando da Al-Qaeda afinal, tem maluco para tudo. Vai que você está num avião e de repente ele vai pelos ares.

Tudo bem que a única certeza que temos nesta vida é que um dia iremos morrer. Mas para que a pressa, não é verdade? 

Enfim, Bin Laden morreu. Por mim já foi tarde, ele não pagava minhas contas mesmo.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

O casamento vai muito além da cerimônia.

Graças a Deus acabou!

Durante os últimos dia não se falou outra coisa a não ser do bendito casamento do Príncipe William com Kate Middleton. Como sempre toda aquela pompa e circusntância comuns em casamentos religiosos. Não tenho nada contra quem queira se casar na Igreja, afinal faz parte de uma tradição mas, minha pergunta é: Realmente é necessário tanta ostentação em uma festa de casamento?

Não me refiro ao casamento real somente, nestes últimos anos nos acostumamos a ver pela mídia festas de casamento badaladíssimas, para no final dar em nada. Vejamos alguns exemplos:

Charles e Diana: Podemos usar o casamento da mãe do príncipe William como exemplo. Começou como um lindo conto de fadas e acabou se tornando uma história de intrigas.  Com o passar dos anos o príncipe foi virando um sapo (convenhamos que o Charles sempre foi bem feioso) e Lady Di foi se tornando uma esposa melancólica. Porém, isso não se justifica já que ela não casou vendada e nem com uma arma apontada pra cabeça. Casou por que quis, então que aguentasse ou largasse de uma vez.

Fábio Jr, e Patrícia de Sabrit: Que bonitinho o coroa se achando o garotão pegando a menininha que tava bombando na televisão (naquela época, claro). Toda aquela festa para o casamento e não durou nem 6 meses. O tiozinho não deu conta...rsrs.

Ronaldo e Daniela Cicarelli:  Outra ostentação desnecessária. Toda aquela festa caríssima, em um castelo caríssimo, com convidados famosos e para quê? Para acabar meses depois.

Já tava na cara que isso não ia dar certo. Um conhecido mulherengo como o Ronaldo com uma conhecida barraqueira, como a Daniela Jacarelli, quer dizer, Cicarelli, não podia terminar bem.





Alexandre Pato e Stephany Brito: Ninguém ainda conseguiu me explicar o que leva dois jovens, ainda no início da vida, a se casarem. Ele, um promissor talento do futebol, começando uma carreira na Europa. Ela, começando uma carreira de atriz também bastante promissora. Me digam, PRA QUÊ A PRESSA EM CASAR! Não estava bom do jeito que estava?
O que aconteceu? Dois jovens imaturos e inexperientes em matéria de relacionamento se casam para meses depois se separarem também.

Queimação de filme desnecessária.






Ao casal real, desejo toda a sorte do mundo até porque, de todos os casos que citei, Kate e William parecem que estavam prontos para o matrimônio. Já convivem há anos. já brigaram, já se perdoaram, já voltaram, enfim, já estavam casados. A cerimônia, apesar de belíssima, foi um mero detalhe. Espero que tenham consciência de que um casamento vai muito além da festa.

Que eles sejam muito felizes!

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Apenas um blog com textos de um cara que se acha cronista e pensa que, no meio de seus devaneios, escreve alguma coisa que preste...hehe

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Espaço destinado a publicar crônicas sobre fatos cotidianos mas, claro, com uma pitada de humor ácido. Nada de resenhas convencionais porque crítica maneira é aquela cujo veneno escorre pelo canto da boca.

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