quinta-feira, 14 de abril de 2011
E agora? O que fazer?
12:10 | Postado por
Crônica Mal.dita |
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Rio de Janeiro, Realengo, 7 de abril de 2011. Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, entra na escola municipal Tasso da Silveira, de onde era ex-aluno, e transforma o que seria uma quinta-feira normal de aula em um inferno para os alunos dali. Armado e enfurecido, dispara contra crianças inocentes, matando 12, ferindo outras dezenas e, depois de alvejado, se mata para não se entregar à Polícia.
Hoje, exatamente 1 semana depois, várias perguntas continuam sem resposta. Por que isto aconteceu? Poderia ter sido evitado? Como poderia ter sido evitado? Será que vai acontecer de novo? E agora, o que fazer?
Durante a última semana muito se falou, muito se discutiu, mas a verdade é que esta tragédia não aconteceu por um único motivo e sim por uma série de fatores que foram se acumulando e piorando ao longo do tempo.
Pelo que se sabe, Wellington sempre foi um garoto anti-social desde a época do colégio. Por ser diferente acabava sendo vítima de "Bullying" por parte dos colegas. O Bullying é um problema antigo na sociedade e só agora está sendo levado mais a sério pelas autoridades. Porém, o Bullying por si só não faz de ninguém um psicopata assassino.
O atirador também possuía um quadro de esquizofrenia avançada, de origem hereditária, que nunca foi detectado e devidamente acompanhado/medicado. Não se pode no entanto culpar os profissionais da escola, pois os mesmos não têm preparo para detectar este tipo de sintoma com precisão. Com centenas de crianças para tomar conta todos os dias, não dá para ficar prestando muita atenção em um menino "esquisito". Qual é a escola que não tem um?
A falta de segurança nas escolas também é uma coisa alarmante. Qualquer estranho entra hoje em dia numa escola sem grandes dificuldades. Mesmo o atirador de Realengo sendo um ex-aluno, era de conhecimento de todos de que ele não era uma pessoa "normal". Ainda sim acreditaram que ele estava lá para dar uma palestra e ninguém perguntou mais nada. Deu no que deu!
A facilidade com que se compra armas e munição aqui no Brasil também é uma coisa absurda. As autoridades têm que agir com maior rigor neste sentido. Isso, porém, não justifica a idéia do senador José Sarney de um novo plebiscito sobre desarmamento. Chega dessa encheção de saco! O excelentíssimo senador José Sarney que vá procurar alguma coisa útil para fazer e justificar seu altíssimo salário, pago com dinheiro público! Agora não é hora de se aproveitar politicamente de um fato triste e lamentável como esse.
A sociedade precisa, há algum tempo, prestar mais atenção ao tempo com que nossos jovens passam conectados na Internet. Digo digo uma censura mas um acompanhamento mais de perto deve ser feito por pais, responsáveis e até professores. A Internet trouxe várias coisas boas para a sociedade e provocou avanços jamais vistos e numa velocidade espantosa. Porém, como toda ferramenta, ela pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal. Nos "porões da Internet" existem pessoas ruins e covardes, com uma habilidade incrível para prejudicar as pessoas. Fica então muito fácil aliciar um jovem com problemas psicológicos como o Wellington e com uma estrutura emocional fraca e incitá-lo a fazer uma chacina como essa. Pela carta deixada e pelo vídeo encontrado nas investigações fica claro que alguém fez a cabeça dele, ele não falava coisa com coisa.
Juntando tudo isso e mais algumas coisas que não achei tão relevantes citar aqui, aconteceu o que já sabemos! Só nos resta torcer para que as autoridades responsáveis tomem as providências necessárias (coisa que eu mesmo não acredito, pois no final tudo cai no esquecimento) e rezar para que tragédias como essa não aconteçam de novo.
No mais, é a vida que segue....
Hoje, exatamente 1 semana depois, várias perguntas continuam sem resposta. Por que isto aconteceu? Poderia ter sido evitado? Como poderia ter sido evitado? Será que vai acontecer de novo? E agora, o que fazer?
Durante a última semana muito se falou, muito se discutiu, mas a verdade é que esta tragédia não aconteceu por um único motivo e sim por uma série de fatores que foram se acumulando e piorando ao longo do tempo.
Pelo que se sabe, Wellington sempre foi um garoto anti-social desde a época do colégio. Por ser diferente acabava sendo vítima de "Bullying" por parte dos colegas. O Bullying é um problema antigo na sociedade e só agora está sendo levado mais a sério pelas autoridades. Porém, o Bullying por si só não faz de ninguém um psicopata assassino.
O atirador também possuía um quadro de esquizofrenia avançada, de origem hereditária, que nunca foi detectado e devidamente acompanhado/medicado. Não se pode no entanto culpar os profissionais da escola, pois os mesmos não têm preparo para detectar este tipo de sintoma com precisão. Com centenas de crianças para tomar conta todos os dias, não dá para ficar prestando muita atenção em um menino "esquisito". Qual é a escola que não tem um?
A falta de segurança nas escolas também é uma coisa alarmante. Qualquer estranho entra hoje em dia numa escola sem grandes dificuldades. Mesmo o atirador de Realengo sendo um ex-aluno, era de conhecimento de todos de que ele não era uma pessoa "normal". Ainda sim acreditaram que ele estava lá para dar uma palestra e ninguém perguntou mais nada. Deu no que deu!
A facilidade com que se compra armas e munição aqui no Brasil também é uma coisa absurda. As autoridades têm que agir com maior rigor neste sentido. Isso, porém, não justifica a idéia do senador José Sarney de um novo plebiscito sobre desarmamento. Chega dessa encheção de saco! O excelentíssimo senador José Sarney que vá procurar alguma coisa útil para fazer e justificar seu altíssimo salário, pago com dinheiro público! Agora não é hora de se aproveitar politicamente de um fato triste e lamentável como esse.
A sociedade precisa, há algum tempo, prestar mais atenção ao tempo com que nossos jovens passam conectados na Internet. Digo digo uma censura mas um acompanhamento mais de perto deve ser feito por pais, responsáveis e até professores. A Internet trouxe várias coisas boas para a sociedade e provocou avanços jamais vistos e numa velocidade espantosa. Porém, como toda ferramenta, ela pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal. Nos "porões da Internet" existem pessoas ruins e covardes, com uma habilidade incrível para prejudicar as pessoas. Fica então muito fácil aliciar um jovem com problemas psicológicos como o Wellington e com uma estrutura emocional fraca e incitá-lo a fazer uma chacina como essa. Pela carta deixada e pelo vídeo encontrado nas investigações fica claro que alguém fez a cabeça dele, ele não falava coisa com coisa.
Juntando tudo isso e mais algumas coisas que não achei tão relevantes citar aqui, aconteceu o que já sabemos! Só nos resta torcer para que as autoridades responsáveis tomem as providências necessárias (coisa que eu mesmo não acredito, pois no final tudo cai no esquecimento) e rezar para que tragédias como essa não aconteçam de novo.
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