quinta-feira, 10 de julho de 2014

No final, foi apenas mais uma partida de futebol.

Pois é, o sonho acabou. Não veremos a seleção brasileira disputando o título da Copa do Mundo 2014 em casa, no Maracanã. Apesar de ter sido derrotada de forma humilhante, no final das contas, não passou de mais uma partida de futebol e no esporte é assim, uma hora a gente ganha, outra hora a gente perde.

Agora, passadas mais de 24 horas do jogo fatídico, me encontro em condições de fazer uma análise do fracasso da seleção brasileira que, ao meu ver, se deve a alguns fatores, os quais explico a seguir:

- Título da Copa das Confederações em 2013: Já está mais do que provado que vencer este torneio não serve de parâmetro para seleção nenhuma. O Brasil é a prova disso, conquistou as últimas edições e não venceu a copa no ano seguinte. Tanto é que as seleções que disputaram esse torneio ano passado ficaram pelo caminho.

- Fator Neymar: Ele é craque? É! Ele faz a diferença em campo? Sim, faz! Mas o que os próximos técnicos da seleção brasileira têm que entender é que o craque tem que jogar para o time e não ao contrário. Ele carregou a seleção, que não vinha desde o início fazendo uma boa campanha na Copa, nas costas até onde deu. Porém, depois que ele se machucou a coisa desandou de vez, pois a seleção não tinha esquemas alternativos de jogo para atuar sem o seu principal jogador e nem dava tempo para adquirir entrosamento com uma nova formação tática às vésperas do jogo contra a Alemanha. O resultado todos nós vimos.

- CBF: Mergulhada em incompetência, politicagem e corrupção, esta entidade tem que passar por uma rígida CPI e por uma completa reformulação de seus dirigentes se quisermos que nossa seleção tenha sucesso em futuras copas. Chega de gestão corrupta e amadora!

- Felipão: Mergulhado até o pescoço no mar de incompetência e amadorismo da CBF. Já deu o que tinha que dar. Obsoleto e arrogante, achando que ia se dar bem confiando apenas no talento individual dos seus comandados, mas sem atualizar seus esquemas táticos, baseados única e exclusivamente no brilho de Neymar. Hora de sangue novo no comando da seleção, e que com ele vá embora a múmia do Parreira também!

- Preparação para a Copa: Já não via com bons olhos toda essa super-exposição da seleção na mídia. Muito papo, muita entrevista, emissora de televisão (Globo) entrando na concentração para fazer matéria com os jogadores, e treino que é bom nada! Sou da opinião de que depois que uma seleção se reúne para ficar concentrada, tem que focar somente nos treinamentos e nada mais. O resto é resto!
Inclusive, acho que podemos fazer uma analogia entre a preparação da seleção com a organização para a Copa do Mundo. Mal preparada e mal acabada, tanto que por coincidência, antes da Copa do Mundo terminar, as obras começaram a desabar, assim como a nossa seleção desmoronou diante da Alemanha. Afinal, tudo que é mal feito não tem como ir adiante. Então, veio o confronto da nossa seleção despreparada e dependente do seu principal jogador, contra uma sempre forte equipe da Alemanha, bem treinada e entrosada. Acho que 7x1 foi pouco, os alemães só não impuseram uma derrota ainda mais humilhante à seleção brasileira porque não quiseram. Daria com facilidade para passar dos 10 gols se eles tivessem mantido o ritmo, mas nitidamente puseram o pé no freio.

No final das contas eu até achei muito bem-feito, pois assim eu espero que o brasileiro pare de se preocupar tanto com futebol e passe a dar valor a coisas realmente mais importantes como saúde, educação, segurança, emprego, etc.  Enfim, os serviços públicos prioritários que tanto precisamos.

Para finalizar, acho muito válida a carta publicada pelo deputado federal Romário em sua conta oficial no Facebook e divulgada pelo jornal Extra. Se ele for candidato ao Senado terá o meu voto (e muito provavelmente será a única pessoa em quem irei votar). Segue abaixo o link da matéria:


Agora só nos resta esperar até 2018 para tentarmos novamente o hexacampeonato.


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